Pequim já deteve 13 canadianos desde o início da tensão com Otava - TVI

Pequim já deteve 13 canadianos desde o início da tensão com Otava

  • CM
  • 4 jan 2019, 08:12
A nova China

Tudo por causa de Meng Wanzhou, diretora financeira da Huawei detida em Vancouver, a pedido dos Estados Unidos, por suspeita de que a Huawei tenha exportado produtos de origem norte-americana para o Irão

As autoridades chinesas detiveram 13 cidadãos do Canadá desde que, no início de dezembro, Pequim ameaçou Otava com "graves consequências" caso não libertasse a diretora financeira da gigante chinesa das telecomunicações Huawei, Meng Wanzhou.

O ministério dos Negócios Estrangeiros está ciente de que 13 cidadãos canadianos foram detidos na China [continental], desde 1 de dezembro", avançou o porta-voz do ministério Guillaume Bérubé, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Três casos foram, entretanto, tornados públicos: Michael Kovrig, antigo diplomata do Canadá, e Michael Spavor, empresário com ligações à Coreia do Norte, ambos acusados de "prejudicarem a segurança nacional da China"; e Sarah McIver, professora que, entretanto, foi libertada e regressou ao Canadá.

As autoridades canadianas recusaram revelar a identidade dos restantes oito detidos.

Outros 200 canadianos enfrentam questões legais na China, por diferentes delitos, afirmou o funcionário, citado pela AFP. Em comparação, quase 900 canadianos estão envolvidos em processos nos tribunais dos Estados Unidos.

Observadores consideram que a detenção de Kovrig e Spavor foi uma retaliação pelo caso de Meng Wanzhou, detida em Vancouver, a pedido dos Estados Unidos, por suspeita de que a Huawei tenha exportado produtos de origem norte-americana para o Irão e outros países visados pelas sanções de Washington, violando as suas leis.

Meng foi, entretanto, libertada sob fiança por um tribunal canadiano.

 

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