Italianos podem deixar de pagar casa durante 18 meses por causa da Covid-19 - TVI

Italianos podem deixar de pagar casa durante 18 meses por causa da Covid-19

  • JF
  • 11 mar 2020, 14:51

O país é um dos mais afetados pelo surto. As regiões da Lombardía e de Véneto pedem o encerramento dos transportes públicos e todas as atividades comerciais, à exceção de farmácias e supermercados

O governo italiano prepara-se para suspender o pagamento das hipotecas das casas até 18 meses, por causa das consequências económicas provocadas pela epidemia do novo coronavírus. A medida faz parte de um pacote de ajudas financeiras, que o Governo italiano se prepara para aprovar esta quarta-feira, num total de cerca de 10 mil milhões de euros.

Depois de o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, ter anunciado, na segunda-feira, que os 60 milhões de habitantes do país ficarão em quarentena até ao dia 3 de abril, com um conjunto de restrições à circulação, o executivo procura agora minimizar o impacto do vírus na economia do país.

Entre as medidas de emergência, o Governo italiano pondera suspender, por um período até 18 meses, o pagamento de hipotecas de casas, impostos e outras responsabilidades. Os cidadãos e empresas que afirmem ter sido atingidas financeiramente pelo coronavírus poderão pedir o congelamento desses pagamentos. Esta possibilidade foi confirmada por vários responsáveis políticos italianos, como a vice-ministra da economia, Laura Castelli ,e deverá ser anunciada ao país ainda esta quarta-feira.

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O pacote de ajudas financeiras deverá incluir ainda apoios às famílias com filhos, que estejam obrigados a permanecer em casa com as crianças, por causa do encerramento das escolas no país e compensações às empresas cuja atividade esteja suspensa devido ao vírus.

O executivo de Conte apelou também à União Europeia que permita uma flexibilização das regras orçamentais, atendendo aos gastos excecionais causados pela epidemia. O país está em recessão, com um PIB 10 a 15% abaixo dos níveis normais.

Itália é um dos países mais afetados pelo Covid-19, com 631 mortos e mais de 10 mil casos confirmados.

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