A União Europeia (UE) apelou, esta quinta-feira, à “libertação imediata” do vice-presidente do Parlamento venezuelano, Edgar Zambrano, cuja detenção pelos serviços secretos do país considerou “mais uma flagrante violação” da Constituição.
Num comunicado, a UE “apela à libertação imediata” de Zambrano, assinalando que consideras “as autoridades relevantes responsáveis pela segurança e integridade” do detido.
A detenção do vice-presidente da Assembleia Nacional, Edgar Zambrano, pela polícia secreta da Venezuela é mais uma violação flagrante da Constituição do país. É uma ação com a motivação política de silenciar a Assembleia Nacional”, refere o comunicado.
A UE nota ainda que “os direitos civis, a segurança e a imunidade parlamentar de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo o seu presidente, Juan Guaidó, devem ser reconhecidos e totalmente respeitados”.
Funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência da Venezuela (Sebin, serviços secretos) detiveram na quarta-feira o vice-presidente do parlamento, Edgar Zambrano, anunciou o próprio na sua conta do Twitter.
Fuimos sorprendidos por el SEBIN, al negarnos salir de nuestro vehículo, utilizaron una grúa para trasladarnos de manera forzosa directamente al Helicoide. Los demócratas nos mantenemos en pie de lucha.
— Edgar Zambrano (@edgarzambranoad) May 8, 2019
Fomos surpreendidos pelo Sebin, como nos negámos a sair da nossa viatura, usaram uma grua para transportar-nos de maneira forçada diretamente ao Helicoide [prisão do Sebin]. Nós democratas vamos continuar a lutar", escreveu.
Na sexta-feira, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela acusou o vice-presidente do parlamento de vários crimes, como traição à pátria e conspiração, por ter apoiado uma tentativa de golpe de Estado contra o Presidente do país, Nicolás Maduro.