Senador ataca ministra italiana de forma sexista: "A credibilidade é como a virgindade, fácil de perder" - TVI

Senador ataca ministra italiana de forma sexista: "A credibilidade é como a virgindade, fácil de perder"

  • Sofia Santana
  • 30 mai 2020, 11:35
Lucia Azzolina

A ministra da Educação italiana, Lucia Azzolina, está agora sob proteção policial

A ministra da Educação italiana, Lucia Azzolina, foi alvo de ataques sexistas e está agora sob proteção policial. Em causa estão declarações do senador Giuseppe Moles, do "Forza Italia", o partido de Silvio Berlusconi. O senador disse à ministra que a credibilidade era como a virgindade e era “fácil de perder”.

As declarações de Moles foram feitas durante um debate no Senado. Moles dirigiu-se à ministra Azzolina, de 37 anos, para a questionar sobre a paralisação nas escolas causada pela pandemia de Covid-19.

Ouvimos tanta coisa, fecho das escolas sim, fecho das escolas não, em abril todos os estudantes vão ter sucesso, em maio alguns estudantes vão falhar, em setembro as aulas poderão ser metade na escola, metade em casa", começou por dizer.

E foi neste contexto que o senador atirou: "Eu lembro-lhe senhora ministra que a escola requer credibilidade e seriedade. E a credibilidade é como a virgindade: fácil de perder, difícil de manter e impossível de recuperar."

As palavras motivaram uma série de críticas e os senadores do "Movimento Cinco Estrelas", o partido de Lucia Azzolina, exigiram mesmo um pedido de desculpas.

Este é apenas um exemplo das tensões que têm assolado a política italiana, numa altura em que o país tenta recuperar alguma normalidade depois de ter estado dois meses em quarentena devido à pandemia de Covid-19.

Pierpaolo Sileri, número dois no gabinete de Azzolina, também tem recebido ameaças relacionadas com a ajuda no âmbito da pandemia e está sob proteção policial.

Por sua vez, Attilio Fontana, governor da região da Lombardia, a região que foi o epicentro da pandemia em Itália, também pediu escolta policial depois de ter recebido ameaças nas redes sociais. Nas ruas de Milão, vários grafitis acusaram-no de ser um "aasassino". 

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