Málaga: justiça abre investigação à queda de Julen - TVI

Málaga: justiça abre investigação à queda de Julen

Inquérito foi aberto depois de ter sido entregue o relatório detalhado do Serviço de Proteção da Natureza da Guardia Civil e de terem sido recolhidos os depoimentos dos pais de Julen, do dono do terreno e da pessoa que fez o furo. 

O Tribunal de Instrução de Málaga abriu um inquérito para conhecer as circunstâncias exatas em que o bebé de dois anos caiu no furo no dia 13 de janeiro.

Segundo avança a imprensa espanhola, que cita fontes do Tribunal Superior de Justiça de Andaluzia, o inquérito foi aberto depois de ter sido entregue o relatório detalhado do Serviço de Proteção da Natureza (Seprona) da Guardia Civil e de terem sido recolhidos os depoimentos dos pais de Julen, do dono do terreno e da pessoa que fez o furo. 

O Seprona acredita que o furo de prospeção de água era ilegal e que as obras que foram feitas nos dias anteriores ao acidente - que fizeram com que fosse retirada a pedra que selava o furo - não estavam autorizadas. O mesmo foi concluído depois de terem sido interrogados o proprietário da quinta e o empresário que fez o furo: nem o furo nem as obras tinham autorização da Junta de Andaluzia nem da Câmara de Totalán.

Interrogado pela Guardia Civil, o empresário revelou que o furo foi feito no dia 18. Já o dono da quinta, David, revelou que os trabalhos feitos depois do furo aberto foram para rebaixar o terreno para fazer uma esplanada e foi feita uma vala em forma de L com 35 metros de largura por cinco de profundidade, onde deveria ser feito um muro de contenção. Para fazer estes trabalhos foi utilizada maquinaria que retirou a pedra que selava o poço.

A empresa que fez estes trabalhos já foi localizada.

A Guardia Civil suspeita que David queria fazer uma esplanada em casa e que o muro de contenção serviria para evitar os possíveis desprendimentos de terra na montanha.

Numa fotografia, divulgada pelo El Mundo, pode ver-se Julen sentado na vala a comer gomas - o mesmo saco encontrado no furo - antes de cair no buraco com mais de 100 metros de profundidade. 

Agora, segundo fontes da investigação citadas pelo jornal espanhol, o empresário e o dono da quinta trocam acusações entre si. O responsável pelo furo diz que pensava que tinha autorização porque o dono assim lhe disse. Já o dono diz que o empresário lhe disse que tinha todas as autorizações necessários. 

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