Depois de quase 60 anos em cima dos palcos, Carlos do Carmo tinha colocado o fim nos concertos há pouco mais de um ano.
Em novembro de 2019, com quase 80 anos, o fadista deu o último concerto, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Morreu hoje, no Hospital de Santa Maria, vítima de um aneurisma.
Ao palco subiu o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, para elogiar o fadista da cidade e dar-lhe a chave da cidade.
"Porventura como nenhum outro interpretou a alma da cidade de Lisboa. Obrigado Carlos do Carmo."
Também o primeiro-ministro e a ministra da Cultura estiveram presentes, com o fadista a receber a medalha de Mérito Cultural.
"Não é um reconhecimento pelo que ele já fez, mas pela confiança no mundo que ele continuará ainda a fazer pela música e pela cultura portuguesa. Muito obrigado Carlos do Carmo", reconheceu António Costa.
O concerto contou ainda com o Presidente da República na plateia, tendo Marcelo Rebelo de Sousa confessado aos jornalistas que tinha uma condecoração para entregar a Carlos do Carmo.
Antes deste concerto, o fadista já se tinha despedido dos palcos nortenhos e falou, nessa altura, à TVI.
O anúncio do fim dos concertos tinha sido feito logo no início de 2019, pelo próprio.
"Este será o ano da despedida. Sem amarguras, sem azedumes. Se me pergunta se tenho pena de deixar o público, tenho. O fado é para a vida."