No encerramento do debate do 13.º diploma de renovação do estado de emergência, aprovado esta quinta-feira no Parlamento, Mariana Vieira da Silva começou por lembrar que o último ano foi "muito difícil para todas e para todos os portugueses em todos os setores", mas que o país está num bom caminho.
Portugal tem hoje, como foi dito por todos os peritos e que todos pudemos ouvir na última reunião do Infarmed, condições para iniciar um processo de levantamento das medidas de confinamento", defendeu.
A ministra de Estado e da Presidência assegurou que isso tal só é possível graças "aos portugueses que cumpriram e tiveram uma enorme capacidade de aderir a um conjunto de medidas muito difíceis para a sua vida". No entanto, ressalvou, é preciso cautela no levantamento das medidas.
Este desconfinamento tem de ser gradual e faseado", porque a abertura de escolas e de estabelecimentos comerciais vai "certamente originar o aumento de novos casos", mas também devido às novas variantes que estão em circulação na comunidade e que são "mais transmissíveis e de maior letalidade".
O levantamento de medidas não é um fim, é o início de um processo que será lento, que será gradual e que implica um permanente controlo dos indicadores que o país apresentar em matéria de incidência, em matéria de taxa de variação e em matéria de capacidade de resposta do SNS", acrescentou.
Mariana Vieira da Silva garantiu que tem sido feito um trabalho "bastante articulado" entre o Governo e o Presidente da República no que toca à discussão e decisão de medidas no ambito da pandemia de covid-19.
Numa resposta ao deputado do Fernando Negrão, a ministra disse que a "responsabilidade comum não é só para ser assumida quando importa, é para ser assumida sempre".
Uma reação que surge depois do social-democrata ter dito que o PSD votou a favor de todos os estados de emergência, mesmo não apoiando algumas medidas, por uma questão de "responsabilidade comum".
Não vale a pena vir agora dizer que discordaram de medidas, quando se discordaram foi por as achar demasiado restritivas. E os portugueses sabem bem e têm memória de quem defendeu o quê e em que momento. Vir, neste momento, dizer que dicordaram só é possível num quadro de uma intervenção que tem como único objetivo a desresponsabilização e um passa-culpas que não é aquilo que se espera num momento como aquele que estamos a viver".
Mariana Vieira da Silva destacou o número de pessoas já vacinadas no país, ressalvando que graças à vacinação e ao maior conhecimento do vírus "temos hoje razões para encarar o futuro com mais confiança".