A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou esta terça-feira à TVI que existem, atualmente, seis surtos de covid-19 ativos em lares no país, que resultaram em 54 casos positivos.
Em declarações aos jornalistas sobre esta matéria, a ministra da Saúde disse que não lhe parece "neste momento" que seja "necessário" restabelecer a limitação de visitas aos utentes destas instituições.
Estamos numa situação da epidemia que os vacinados que estão a ter transmissão de doença têm uma doença muito mais moderada, muito mais controlada, mas estamos naturalmente atentos."
Estamos atentos a estes casos que atingem o público mais vulnerável, mas, neste momento, estamos com muita confiança naquilo que está a ser a opção de vacinação", reforçou.
"Há uma nova variante a circular que causa mais preocupação"
Marta Temido afirmou que existe uma maior preocupação com a variante Delta, que já tem transmissão comunitária, mas lembrou que os infetados são pessoas cada vez mais novas, o que significa que a doença é mais ligeira.
Não sabemos a longo prazo quais são as consequências da doença. Há uma nova variante a circular e ela é causadora de preocupação porque é mais transmissível e mais resistente a apenas uma dose de vacinação", disse.
Sobre a sintonia, ou a falta dela, entre o Presidente da República e o primeiro-ministro sobre um eventual recuo nas medidas de desconfinamento, a ministra da Saúde garantiu que "estamos todos de acordo sobre aquilo que é preciso fazer".
Estamos todos de acordo sobre aquilo que é preciso fazer em cada momento da evolução desta pandemia. Apreciar os dados, refletir sobre aquilo que é a evolução da pandemia e tomar as medidas menos restritivas possível, mas que mesmo assim consigam um controlo da transmissão".
A governante admitiu a eventual necessidade de fazer alguns ajustes no que toca a determinados eventos ou reduções nos horários de funcionamento de espaços comerciais.
Esperamos. por todos os meios, conseguir evitar fazer esses recuos, mas, naturalmente, se o contexto o exigir, o faremos".