BE questiona Governo sobre praxes violentas na Escola Naval - TVI

BE questiona Governo sobre praxes violentas na Escola Naval

  • CE
  • 13 dez 2018, 15:43

Bloco de Esquerda considera inexplicável a sucessão deste tipo de casos

O BE questionou esta quinta-feira o Governo se pretende tomar medidas para impedir praxes violentas na Escola Naval, após noticias que relatam queixas de pais dando conta da existência maus tratos sobre alunos do primeiro ano deste estabelecimento. 

Em perguntas dirigidas ao Ministério da Defesa Nacional, o grupo parlamentar do BE quer saber se o Governo tem conhecimento da situação relatada segundo a qual os alunos são obrigados a andarem "dezenas de minutos com sacos amarrados na cabeça, estarem em tanques de água noites a fio, serem deixados nus na parada e objeto de tortura do sono, ou ainda a serem colocados sob duches de água fria a meio da noite"

A notícia foi avançada esta quinta-feira pelo Diário de Notícias, que revela as denúncias e também as explicações do comandante Pereira da Fonseca, a explicar que "não se concluiu haver qualquer indício de práticas contrárias" às regras estabelecidas na Marinha. 

Considerando que "todos os exemplos mencionados são um atentado à dignidade" e sabendo que todos os anos sucedem casos idênticos, o Bloco de Esquerda diz ser inexplicável que, "assumindo a Direção da Escola Naval que as praxes são proibidas, admite, ao mesmo tempo, [que] no início de todos os anos letivos, acabam por ocorrer casos de praxes com um caráter violento".

No documento em que formula as questões, os deputados Luis Monteiro e João Vasconcelos referem ainda que "o fenómeno das praxes em Portugal tem representado, nos últimos vinte anos, algumas mortes, lesões irreversíveis e abusos físicos e psicológicos sobre quem, dentro da sua turma ou ano, é o elo mais fraco".

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