Covid-19: professores e auxiliares prioritários na vacinação - TVI

Covid-19: professores e auxiliares prioritários na vacinação

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 10 mar 2021, 10:09

Direção-Geral da Saúde explica que decisão vai ser colocada em prática, através de um "plano logístico que será implementado"

A Direção-Geral da Saúde anunciou esta quarta-feira que os professores, auxiliares e pessoas com trissomia 21 passam a ser prioritários na vacinação.

A atualização dos grupos que pertencem à primeira fase de vacinação contra a covid-19 surge numa nota enviada pela DGS esta quarta-feira, que autoriza ainda a administração da vacina da AstraZeneca a maiores de 65 anos.

No âmbito da resiliência do Estado, serão também vacinados os docentes e não-docentes dos estabelecimentos de ensino e educação e das respostas sociais de apoio à infância, de acordo com o plano logístico que será implementado", sublinha a nota, avançando que a prioridade dada às pessoas com Trissomia 21 advém de um risco "acrescido de evolução para covid-19 grave"

A DGS avança ainda que estão em curso os trabalhos para "melhor definição das doenças a incluir na fase 2", cujo início da vacinação se prevê no segundo trimestre.

No início do mês, a DGS já tinha manifestado abertura para "analisar outros grupos que vão sendo propostos, quer no âmbito de reduzir morbilidade e mortalidade, quer noutros âmbitos, nomeadamente, acrescentar resiliência à sociedade".

"Sendo um plano estabilizado nas suas linhas mestras, pode e deve sofrer ajustes em função das necessidades do país”, disse na altura a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A fase 1 do Plano de Vacinação contra a Covid-19 inclui nos grupos prioritários os profissionais de saúde e de outros setores críticos e essenciais, nomeadamente Forças Armadas, forças de segurança e bombeiros, as pessoas com mais de 80 anos e as de idade superior a 50 anos e com uma das seguintes doenças: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória.

Na fase 2, a iniciar em abril, está incluída a vacinação das pessoas entre os 50 e os 64 anos e com, pelo menos, uma das seguintes doenças: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, hipertensão arterial e obesidade.

Na terceira fase está incluída a restante população residente em Portugal.

Segundo a informação divulgada na terça-feira pela DGS, mais de 293 mil portugueses têm a vacinação contra a covid-19 completa com as duas doses. Já foram administradas um total de 1.032.907 vacinas desde 27 de dezembro.

O último relatório do processo de vacinação em Portugal continental refere que 293.245 pessoas - 3% da população - receberam até terça-feira as duas doses das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer.

Desde o início do processo de vacinação, no passado dia 27 de dezembro, já foram administradas um total de 1.032.907 vacinas.

Até domingo, Portugal tinha recebido um total de 1.186.389 vacinas contra o vírus SARS-CoV-2, tendo sido distribuídas pelos pontos de vacinação do país 1.078.103 doses.

 

Diretores defendem que vacinação dos professores deve decorrer nas escolas

Os diretores de escolas públicas consideram que deve decorrer nos próprios estabelecimentos a vacinação de professores e pessoal não docente, incluídos pela Direção-Geral da Saúde nos grupos prioritários da fase 1 da vacina contra a covid-19.

Era uma mais-valia, evitaria milhares de deslocações dos professores e pessoal não docente, mas com certeza que a DGS já tem isso planeado. Estamos dispostos a colaborar, se nos for pedida a opinião, mas essa opinião é de que é preferível que se realize nas escolas”, disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

Filinto Lima lembrou que são “dezenas ou centenas de milhar de profissionais” a serem vacinados, uma vez que a medida abrange os setores público, privado, social e cooperativo, e defendeu também que a campanha de vacinação “poderá decorrer em simultâneo” com a reabertura das escolas.

Admite, no entanto, que essa decisão deve ser tomada “pelos médicos especialistas”, apesar de sublinhar que a medida também vem “dar confiança às comunidades educativas” no regresso que se prevê “gradual”.

Recordo que estamos com cerca de 80 dias úteis de aulas ‘online’ nos últimos 12 meses, o que equivale a dois períodos letivos para muitas crianças e jovens. São muitos dias de aprendizagens que vão ter de ser recuperadas e consolidadas. Portanto, também gostaríamos que os nossos alunos regressassem às escolas o mais rapidamente possível”, justificou.

O presidente da ANDAEO só “hoje de manhã” teve conhecimento da alteração da norma da DGS, que deixa os diretores “satisfeitos” por se tratar de uma reivindicação que já tinha sido apresentada “há meses”, mas admitiu que ainda nada sabe em concreto sobre o processo.

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