A diretora-geral da Saúde disse esta quinta-feira que as pessoas que estarão nas celebrações do 25 de Abril na Assembleia da República podem não usar máscaras de proteção porque o ”edifício é grande” e pode ser cumprido o distanciamento social.
É um edifício grande, tem uma área e uma cubicagem grande, tem uma parte de baixo e galerias e estarão garantidas todas as condições para que as pessoas estejam em distanciamento social. Existem circuitos de entrada e de saída. As pessoas não se cruzam necessariamente”, afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a pandemia de covid-19.
Segundo a diretora-geral da saúde “os serviços da Assembleia da República são completamente autónomos nessa decisão, mas têm um plano de contingência excelente”.
Graça Freitas deu mesmo como exemplo o que acontece nas conferências de imprensa diárias no Ministério da Saúde.
Estamos aqui todos e nenhum de nós está a usar máscara. Porquê? Porque dentro desta sala, conseguimos, com a lotação que tem, manter o distanciamento social. Não estamos com máscara. Estamos a cumprir as outras regras, lavamos as mãos antes de entrar aqui, temos solução alcoólica, desinfetamos as superfícies e é o que se vai passar exatamente na Assembleia da República”, acrescentou.
A DGS recomenda a utilização de máscaras sociais em espaços fechados e transportes públicos, quando é impossível manter o distanciamento social, mas sempre em complemento das outras medidas de proteção definidas para o combate à pandemia.
Portugal contabiliza 820 mortos associados à Covid-19 em 22.353 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da DGS.
Relativamente ao dia anterior, há mais 35 mortos (+4,5%) e mais 371 casos de infeção (+1,7%).
Das pessoas infetadas, 1.095 estão hospitalizadas, das quais 204 em unidades de cuidados intensivos, e o número de doentes curados aumentou de 1.143 para 1.201.
Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 2 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".