Os dois novos casos suspeitos de infeção por coronavírus em Portugal deram negativo, informou a Direção-Geral de Saúde (DGS), nesta segunda-feira.
O primeiro caso trata-se de uma mulher, de nacionalidade chinesa mas residente em Portugal, regressada da China, que foi encaminhada para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa
A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que um dos casos suspeitos de infeção por novo Coronavírus (2019-nCoV) em Portugal, que foi encaminhado para o Hospital Curry Cabral, teve resultado negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas", consta no comunicado divulgado.
O segundo caso é de um homem, de nacionalidade brasileira e residente em Portugal, também regressado da China, e que está sob observação no hospital de S. João, no Porto.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que o segundo caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (2019-nCoV) em Portugal, que foi encaminhado para o Centro Hospitalar Universitário de São João, teve resultado negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas".
Inicialmente, a DGS anunciou que estes dois casos (o quinto e o sexto no total) tinham sido validados, "após avaliação clínica e epidemiológica".
Além destas duas situações, 20 pessoas continuam em isolamento profilático há uma semana no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, depois de terem sido repatriadas da China.
Na sexta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que as pessoas que se mantinham no Pulido Valente estavam todas bem de saúde e sem sintomas de infeção.
Deste grupo fazem parte 18 portugueses e duas brasileiras, que chegaram no passado dia 2 de fevereiro ao aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa. Todos estiveram na cidade chinesa de Wuhan, capital da província de Hubei, epicentro do surto.
O número de mortos provocados pelo coronavírus subiu para 908. Só este domingo e apenas na província de Hubei, registaram-se 91 mortes, elevando o número no centro da infeção para 871, avança a Comissão de Saúde da província de Hubei, através de um comunicado divulgado na internet.
Além do território continental da China e das regiões administrativas chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 350 casos de contágio confirmados em 25 países. Na Europa, o número chegou no domingo a 39, com duas novas infeções detetadas em Espanha no Reino Unido.
Uma missão internacional de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) partiu no domingo para a China. A OMS, que declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública internacional, indicou no sábado que os casos de contágio revelados diariamente na China estão a estabilizar, mas sublinhou que era cedo para concluir que a epidemia atingiu o seu pico.
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Segundo os números divulgados pela Comissão Nacional de Saúde da China, são agora 40.171 as pessoas infetadas no país.
O novo coronavírus poderá infetar pelo menos uma em cada 20 pessoas na cidade de Wuhan, na China, quando se atingir um pico nas próximas semanas, segundo a previsão de cientistas que estabeleceram modelos para a propagação do vírus.