Covid-19: "Não estamos a ter o decréscimo que gostaríamos de ter nesta altura" - TVI

Covid-19: "Não estamos a ter o decréscimo que gostaríamos de ter nesta altura"

  • Sofia Santana
  • 15 jun 2020, 21:53

A diretora da Escola Nacional de Saúde Pública, Carla Nunes, esteve esta segunda-feira no Jornal das 8, da TVI, e frisou que o aumento do número diário de casos de Covid-19, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo, é uma situação "preocupante"

A diretora da Escola Nacional de Saúde Pública, Carla Nunes, afirmou esta segunda-feira, no Jornal das 8, da TVI, que o aumento do número diário de casos de Covid-19, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo, é uma situação "preocupante", ainda que não esteja "descontrolada".

É verdade que não estamos a ter o decréscimo que gostaríamos de ter nesta altura", frisou. 

Questionada se a situação em Lisboa está "descontrolada", a especialista respondeu que não porque o RT, o indicador que avalia a transmissão do vírus, está perto de 1, mas que "é preocupante". "Noutros países esse valor já está mais baixo", completou.

Entrevistada por Pedro Pinto e Miguel Sousa Tavares no dia em que as limitações especiais impostas na Área Metropolitana de Lisboa no âmbito da terceira fase de desconfinamento foram levantadas - os centros comerciais reabriram e são agora permitidas concentrações até 20 pessoas -, a especialista frisou que não pode haver um relaxamento nas medidas. 

Se abrirmos e relaxarmos o controlo das medidas podemos ter problemas."

"As intervenções, as medidas, as máscaras, as lavagens de mãos, os distanciamentos nos restaurantes, tem de ser tudo muito apertado para começarmos a reabrir", acrescentou.

Carla Nunes considera que tem de haver "uma política de consciência muito forte" e uma "atuação muito forte" para que "as medidas sejam seguidas" pela população.

Portugal regista esta segunda-feira mais três mortes e 346 novos casos por infeção da doença Covid-19, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS). Do total de casos, 300 foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo (87%), onde ocorreram duas das mortes.

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