Tempestade Leslie: mais de 820 ocorrências registadas nas primeiras horas - TVI

Tempestade Leslie: mais de 820 ocorrências registadas nas primeiras horas

  • MM
  • 14 out 2018, 01:28

A situação mais aflitiva viveu-se na Figueira da Foz. Várias pessoas tiveram de se refugiar no parque de estacionamento de um centro comercial e foram registados estragos avultados

O furacão Leslie originou, até às 00:20 deste domingo, em Portugal Continental, 820 ocorrências, a maioria resultantes da queda de árvores e de estruturas, sobretudo nos distritos de Leiria, Coimbra e Lisboa, segundo a Proteção Civil.

Em declarações à agência Lusa, o comandante Rui Laranjeira, da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), nas operações estão envolvidos mais de 2.800 operacionais, e das 820 ocorrências, 506 dizem respeito a queda de árvores e 258 a queda de estruturas.

Leiria, com 191 ocorrências, Coimbra, com 139, e Lisboa, com 133, são os distritos mais afetados pela força do vento.

Coimbra, de acordo com este responsável pela ANPC, foi o distrito onde houve o maior número de ocorrências em menor tempo, razão pela qual estão a ser reforçados os meios. Ainda no distrito de Coimbra estão cortadas várias estradas nacionais devido à queda de árvores.

O IC2 está cortado ao trânsito nas zonas de Pombal, Leiria e Albergaria-a-Velha.

Queda de árvore corta A1

A circulação automóvel esteve cortada na autoestrada A1, perto da área de serviço de Pombal.

O trânsito esteve temporariamente cortado no sábado à noite na autoestrada do Norte, no sentido Norte-Sul, perto da área de serviço do Pombal, devido à queda de uma árvore causada pelo vento forte.

Quedas de árvores e telhados destruídos no Grande Porto

Quedas de árvores, telhas de casas destruídas pela força do vento e infiltrações de água são até ao momento os "maiores problemas" verificados no Grande Porto devido à passagem do furacão Leslie.

Com os Bombeiros Sapadores do Porto a serem os mais solicitados pelos pedidos de ajuda da população, ainda assim, segundo uma fonte daquela corporação disse à agência Lusa, os "maiores problemas foram a queda de árvores e as infiltrações de água verificadas".

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Em Matosinhos o panorama não difere muito, com os Bombeiros de Matosinhos/Leça a dar conta de chamadas a pedir ajudar por "as telhas dos telhados das suas casas terem voado" e, noutro caso, a "estrutura de ferro de um edifício ter sido arrancada pelo vento".

Ainda junto à costa marítima, em Vila Nova de Gaia a força do vento "ditou a queda de árvores e de postes de eletricidade" foram as ocorrências mais graves divulgadas pelos Bombeiros Sapadores locais.

Em Gondomar, e apesar do vento forte se fazer sentir, os bombeiros locais "não registaram até à 00:30 qualquer pedido de ajuda".

50 desalojados em parque de campismo de Alcobaça

O furacão Leslie provocou cerca de 50 desalojados no parque de campismo de Água de Madeiros, em Alcobaça, no distrito de Leiria, informou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria.

Segundo a mesma fonte, as cerca de 50 pessoas estão a ser acompanhadas pelos serviços da Proteção Civil de Alcobaça.

O presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, disse à Lusa que se está a deslocar para o local para se "inteirar da situação".

O CDOS informou também que, no distrito de Leiria, se têm registado "vários acidentes rodoviários, na sequência das inúmeras quedas de árvores".

Junto ao Comando Distrital da PSP de Leiria, perto do CDOS, uma árvore de grande porte também caiu.

Pânico na Figueira da Foz

A passagem do furacão Leslie pela zona da Figueira da Foz provocou muitos estragos, como a queda de árvores e estruturas, além da invasão das avenidas junto ao mar por areia. Muitas pessoas tiveram de se abrigar no parque de estacionamento de um centro comercial, conforme constatou a reportagem da TVI24 no local.

Vários carros em circulação na estrada foram atingidos pela queda de árvores.

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O furacão Leslie está a atingir o território continental como depressão pós-tropical, mas com ventos com "intensidades equivalentes a uma tempestade tropical", com rajadas acima dos 130 quilómetros/hora que podem chegar a máximos históricos de 180/190 quilómetros/hora, segundo o meteorologista do IPMA Nuno Moreira.

 

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