Jornalistas espiados: Carlos Rodrigues Lima apresenta queixa por abuso de poder - TVI

Jornalistas espiados: Carlos Rodrigues Lima apresenta queixa por abuso de poder

Magistrada e polícias acusados de perseguição

O caso dos jornalistas espiados pela polícia volta à ordem do dia com uma queixa-crime que um dos dois visados, Carlos Rodrigues Lima, apresentou contra a procuradora do Ministério Público e dois oficiais da PSP que deram as ordens por abuso de poder, atentado à liberdade de imprensa, devassa da vida privada, fotografias ilícitas e perseguição.

Em causa está uma notícia de março de 2018 sobre a operação E-toupeira e a detenção de Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, que foi noticiada em primeira mão pelos jornalistas Henrique Machado, atual editor de justiça da TVI, e Carlos Rodrigues Lima, da Sábado.

O DIAP de Lisboa abriu um inquérito por violação do segredo de justiça e, ao fim de 15 dias, a procuradora Andrea Marques ordenou à PSP que passasse a vigiar os dois jornalistas, durante dois meses, para perceber com que fontes se relacionavam.

As vigilâncias com registo fotográfico não tiveram autorização de um juiz e, mais tarde, a mesma magistrada ordenou o levantamento do sigilo bancário de um dos jornalistas e de um responsável da Polícia Judiciária.

Carlos Lima avançou já judicialmente contra os responsáveis pelas ações que considera atentarem contra a própria constituição da República, que garante o direito à proteção das fontes dos jornalistas, e Henrique Machado já manifestou intenção de também processar a mesma magistrada do Ministério Público.

Continue a ler esta notícia