Chamas aproximam-se das habitações no concelho de Mação - TVI

Chamas aproximam-se das habitações no concelho de Mação

  • Amílcar Matos
  • António Pereira Gonçalves
  • João Bizarro
  • SS e MM - atualizada às 18:58
  • 21 jul 2019, 16:23

Populares vivem momentos de grande aflição. O incêndio está a ser combatido por mais de 800 operacionais, apoiados por mais de 200 veículos e por 15 meios áereos

As chamas avançaram com grande intensidade e rapidez esta tarde, no concelho de Mação. Nas aldeias de Sarnadas e de Freixoeiro o fogo aproximou-se das casas e os populares vivem momentos de grande aflição, como testemunhou a equipa de reportagem da TVI no local. 

A situação está também muito complicada na aldeia de Cardigos, também no concelho de Mação.

O presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela, disse, em declarações à TVI que a "situação está perfeitamente descontrolada" e que o incêndio tem quatro frentes de fogo ativas.

Uma vez mais está o concelho de Mação a ser dizimado pelo fogo", sublinhou.

O autarca também questionou o número de operaiconais no terreno.

Dizem-me que o fogo tem 800 operacionais, gostaria de saber quantos estão em Mação."

Segundo a página da Proteção Civil, pelas 16:44 o incêndio,que começou em Vila de Rei mas alastrou até Mação, estava a ser combatido por mais de 800 operacionais, apoiados por mais de 200 veículos e por 15 meios áereos.

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Ao início da tarde o Comandante do Agrupamento Centro Sul, Belo Costa, disse, aos jornalistas, que o incêndio  tinha "cerca de 85% do seu perímetro dominado", mas advertiu que o aumento da temperatura e a rotação do vento estavam a dificultar o combate às chamas. 

O calor aumentou, o vento começou a rodar para o quadrante sudoeste e está a obrigar-nos a esforços redobrados no posicionamento de meios", sublinhou Belo Costa.

O comandante explicou que devido a estes fatores meteorológicos o fogo estava "com muitas reativações".

O fogo está com muitas reativações fruto desta alteração meteorológica que é o aumento da temperatura e a rotação do vento."

Os três incêndios que deflagraram no distrito de Castelo Branco, no sábado, provocaram 20 feridos: oito bombeiros e 12 civis.

O Presidente da República visitou este domingo o civil ferido que se encontra no Hospital de São José, em Lisboa, e disse à Lusa que "a situação está sob controlo".

O incêndio no concelho da Sertã reacendeu este domingo à tarde depois de sido dado como dominado durante a madrugada.

Frente de fogo “descontrolada” em Vila de Rei, mas com habitações protegidas 

O vice-presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Paulo César, disse, este domingo ao fim da tarde, que existe no concelho uma frente de fogo "descontrolada" na fronteira com os municípios da Sertã e Mação mas as habitações têm sido defendidas das chamas.

Há um fogo descontrolado na extremidade dos três concelhos, entre Sesmarias e Portela dos Colos, mas têm-se conseguido defender as habitações", afirmou Paulo César, em declarações cerca das 18:00 de hoje.

O autarca disse ainda que o vento forte e a temperatura elevada têm sido "os maiores obstáculos" aos operacionais que combatem o incêndio numa zona onde predomina o pinheiro e eucalipto, admitindo que junto a povoações mais isoladas por vezes há falta de bombeiros.

Os bombeiros não chegam a todo o lado mas quando isso acontece temos tido o apoio de outras entidades de Proteção Civil, como a GNR", frisou.

O incêndio que começou cerca das 15:00 de sábado na localidade de Fundada, Vila de Rei (distrito de Castelo Branco) e se estendeu ao início da noite ao concelho de Mação (distrito de Santarém), permanece ativo há mais de 24 horas e está a ser combatido por 844 operacionais, apoiados por 255 viaturas e 15 meios aéreos.

 

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