Vento dificulta combate às chamas em Oliveira de Frades - TVI

Vento dificulta combate às chamas em Oliveira de Frades

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  • 8 set 2020, 00:05

Incêndio obrigou já ao reforço de meios e previsões apontam para ventos ainda mais fortes durante a noite

O vento forte está a dificultar o combate às chamas no incêndio de Oliveira de Frades, no distrito de Viseu, que teve um reforço de meios e era combatido às 23:15 por quase 450 operacionais, disse fonte da Proteção Civil.

Segundo o Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Viseu, o incêndio continua a ativo e o muito vento dificulta o combate às chamas.

A mesma fonte explicou que está a haver um reforço de meios no teatro das operações.

Pelas 23:15, encontravam-se no local 446 operacionais apoiados por 150 viaturas, de acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Um bombeiro de 41 anos morreu hoje enquanto combatia este incêndio no concelho de Oliveira de Frades, onde o comandante nacional da Proteção Civil, Duarte da Costa, apelou à “tolerância zero no uso do fogo”.

Cerca de 900 operacionais mantinham-se às 21:00 no combate às chamas

Cerca de 900 operacionais mantinham-se pelas 21:00 a combater os quatro grandes incêndios que lavraram hoje em Portugal Continental, dos quais apenas o de Oliveira de Frades, no distrito de Viseu, se mantém ativo.

Numa conferência de imprensa realizada pelas 20:00 naquela localidade, o comandante nacional da Proteção Civil, Duarte da Costa, disse que aquele fogo tinha “uma frente ativa tocada fundamentalmente a vento”.

Apesar de o vento àquela hora estar a “soprar com menos intensidade”, a previsão meteorológica apontava para ventos fortes a meio da noite, pelo que o objetivo era “tentar acabar com este incêndio o mais depressa possível”.

No mesmo distrito, o incêndio que deflagrou numa zona de mato na localidade de Cujó, no concelho de Castro Daire, estava pelas 21:00 em fase de resolução e mobilizava àquela hora 154 operacionais, apoiados por 48 viaturas.

As chamas que deflagraram em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, foram dadas como dominadas pelas 18:45, mas, às 21:00, ainda estavam a ser combatidas por 198 operacionais e 65 veículos.

Mais a sul, no distrito de Leiria, o incêndio que deflagrou no domingo na freguesia de Serro Ventoso, concelho de Porto de Mós, e que lavra no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, entrou em fase de resolução ao princípio da noite e, às 21:00, estava a ser combatido por 160 operacionais, apoiados por 53 viaturas.

No entanto, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou pelas 20:00 que a probabilidade de surgirem mais ignições durante a noite “é grande”, porque são esperados ventos forte.

“Vamos continuar sobre espetro de severidade meteorológica (...). Amanhã [terça-feira], as condições vão manter-se, com influência do vento de leste, com pouca humidade. Na próxima noite, vamos ter vento moderado a forte em toda a região a norte do rio Tejo e, por momentos, vamos sofrer rajadas na ordem dos 50/60 quilómetros por hora. O que é que isto quer dizer? Muitas dificuldades para o dispositivo de combate a incêndios”, salientou o comandante da ANEPC Pedro Nunes.

 

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