MAI ordena inquérito a morte de bombeiro no incêndio da Lousã - TVI

MAI ordena inquérito a morte de bombeiro no incêndio da Lousã

Fogo feriu ainda três bombeiros da corporação de Miranda do Corvo

O Ministério da Administração Interna determinou a instauração de um inquérito às circunstâncias em que ocorreu a morte de um bombeiro no incêndio da Lousã, confirmou a TVI junto de fonte do gabinete do ministro Eduardo Cabrita.

O chefe José Augusto Fernandes morreu e três bombeiros ficaram feridos no sábado durante o combate ao incêndio que deflagrou ao final da tarde numa encosta da Serra da Lousã, junto a um acesso ao Trevim, no concelho da Lousã (distrito de Coimbra), que terá sido provocado por uma trovoada. 

O comandante da Proteção Civil admitiu que possa ter sido uma mudança de vento a cercar a equipa do bombeiro de Miranda do Corvo que morreu a combater um incêndio na Lousã, mas reservou conclusões para depois dum inquérito.

Em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Duarte da Costa indicou que o incêndio que matou um bombeiro e provocou ferimentos em quatro outros da corporação de Miranda do Corvo começou com uma trovoada seca e que, nessas condições, há "mudanças de vento repentinas nas camadas inferiores da atmosfera, junto ao chão".

"Rapidamente, num terreno que é muito difícil e com grande declive, poderá ter havido uma alteração de vento que levou a que o chefe José Augusto se visse na vicissitude de não conseguir sair da zona onde acabou por falecer. No entanto, vamos aguardar com calma e serenidade que sejam feitos todos os inquéritos pelas autoridades competentes como foi determinado pelo ministro da Administração Interna para que se tirem conclusões e se evitem situações destas", declarou.

Questionado sobre se a equipa de bombeiros terá estado vinte minutos a pedir ajuda, Duarte da Costa recusou "especular sobre o que sucedeu ou deixou de suceder”.

O chefe José Augusto, que morreu no sábado, "era um profissional de grande competência, muito conhecedor da área e já tinha combatido vários incêndios", afirmou, salientando que "situações destas podem sempre ocorrer" e que o bombeiro de Miranda do Corvo "combateu como um soldado e combateu até ao fim".

Bombeiros já tiveram alta hospitalar

Os três bombeiros que sofreram ferimentos durante o combate ao incêndio que deflagrou no sábado na Serra da Lousã “já tiveram alta médica”, disse hoje fonte da corporação de voluntários de Miranda do Corvo.

Os três bombeiros feridos – dois da corporação de municipais da Lousã e outro dos voluntários de Miranda do Corvo – tiveram alta hoje de manhã, depois de terem sido encaminhados, no sábado, para os Hospitais da Universidade de Coimbra, disse à agência Lusa o segundo comandante dos Bombeiros de Miranda do Corvo, Rui Bingre.

O fogo, que terá sido provocado pela trovoada seca que na ocasião se fez sentir na região, acompanhada por vento forte e com mudanças bruscas de direção, o que dificultou o trabalho de mais de 220 bombeiros de diversas corporações dos distritos de Leiria e de Coimbra.

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