Seis casos confirmados em família de 40 pessoas que coabita em prédio na Azambuja - TVI

Seis casos confirmados em família de 40 pessoas que coabita em prédio na Azambuja

O primeiro foco foi detetado numa mulher na casa dos 30, sendo que os restantes familiares serão testados às 14:30 horas

O bairro da Quinta da Mina, em Azambuja, distrito de Lisboa, tem seis casos de infeção pela Covid-19, entre as nove pessoas já testadas, avançou esta terça-feira a delegada de saúde local.

A delegada Judite Catarino corrigiu assim a informação inicial de 9 infetados de uma família de 40 pessoas, divulgada pelo delegado regional de saúde de Lisboa e Vale do Tejo durante a manhã.

Só seis é que sabemos que são positivos”, disse à agência Lusa Judite Catarino, indicando que vão ser testados mais 30 moradores.

O primeiro foco foi detetado numa mulher na casa dos 30, sendo que os restantes familiares serão testados às 15:00 horas.

A primeira informação dava conta que existiam 40 pessoas infetadas, número que esta terça-feira foi corrigido para nove pelo delegado regional de saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Ao início da tarde, horas antes de terem início os testes no bairro da Azambuja, o número voltou a ser revisto.

Os testes de rastreio foram realizados, ao longo da tarde desta terça-feira, aos moradores do bloco seis do beco Madre Teresa de Calcutá, na Quinta da Mina, no concelho de Azambuja. No local estão os bombeiros voluntários de Alcoentre e elementos da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima.

Foram efetuados testes a todos os moradores deste bloco seis. Contam-se seis casos positivos”, garantiu Pedro Vieira, elemento da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima.

As autoridades no local confirmaram a existência de pacientes assintomáticos, o que terá facilitado a propagação do novo coronavírus.

Havia pessoas que estavam positivas com Covid-19 e não apresentavam qualquer tipo de sintoma”, explicou Eiffel Garcia, comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcoentre.

Esta segunda-feira, Luís de Sousa, presidente da autarquia, afirmou não excluir a possibilidade de pedir um cordão sanitário. Por outro lado, Mário Durval disse que uma medida destas "não faz qualquer sentido", defendendo que era necessário que existissem outros acontecimentos no concelho para que se justificasse a implementação de uma barreira para impedir a propagação da Covid-19.

Um cordão sanitário a quê? A um bairro? Não sei se fará sentido. Se a situação está restrita a umas quantas pessoas, é isolar as pessoas dessas famílias e garantir que não andam a passear pela vila”, afirmou o delegado em declarações à agência Lusa.

Na mesma linha de Mário Durval, a ministra da Saúde rejeitou a imposição de uma cerca sanitária na Área Metropolitana de Lisboa. Em declarações no final de uma reunião com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, diz que esta é uma hipótese que não se justifica, pelo menos para já.

Em entrevista à TVI24, Fernando Medina desvalorizou o facto da região de Lisboa e Vale do Tejo estar a representar cerca de 90% do número de novos casos. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa justificou esta nova tendência com o facto da capital ter aumentado os testes de despistagem em larga escala.

A melhor informação disponível não aponta para nenhuma situação de descontrolo nem para uma situação de difusão generalizada do número de infeções”, disse o autarca.

Medina evidenciou que o maior número de testes se está a refletir no surgimento repentino de mais casos de infetados com o novo coronavírus.

Medina garante que caso os testes fossem feitos, proporcionalmente, em todas as regiões do país, Lisboa apenas representaria 50% dos novos casos.

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