A viúva do cidadão ucraniano que terá sido agredido até à morte nas instalações do SEF pede 230.000 euros de indemnização ao Estado Português.
O caso, revelado pela TVI em primeira mão, remonta a 12 de março.
Ihor Homenyuk, de 40 anos, desembarcou na Portela, vindo de um voo proveniente da Turquia. Pretendia entrar em Lisboa, mas foi barrado na alfândega do aeroporto pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e impedido de entrar enquanto turista.
O homem terá reagido mal e foi levado para uma sala de assistência médica. Lá, terá sido torturado e agredido até à morte.
A autópsia, imagens de videovigilância e uma carta anónima terão sido provas decisivas para a Polícia Judiciária chegar aos suspeitos da morte do cidadão ucraniano.
A lei prevê que as vítimas que tenham sofrido danos graves para a respetiva saúde física ou mental diretamente resultantes de atos de violência e que tenham provocado danos como a morte, têm direito a um adiantamento da indemnização pelo Estado, assim como os cônjuges ou descendentes.
Os três inspetores do SEF foram detidos pela PJ a 30 de março, mais de duas semanas depois da data do crime.
Na altura, o escândalo levou às demissões do diretor e subdiretor do SEF de Lisboa, e o ordenar de processos disciplinares por parte do Ministro da Administração Interna.