Burlas pela internet aumentaram em tempo de pandemia - TVI

Burlas pela internet aumentaram em tempo de pandemia

  • (Atualizada às 15:07 com dados da PSP) ALM
  • 17 mai 2020, 11:33
Crianças

Estudo indica que portugueses estão cada vez mais preocupados com segurança dos dados pessoais. PSP alerta para aumento de crimes com recurso às tecnologias no Dia da Internet​​​​​​​

O isolamento social que vivemos devido à pandemia tem levado a que os portugueses estejam cada vez mais tempo na Internet. Para além do aumento das compras online, regista-se também o aumento de fraudes e burlas online.

O European Consumer Payment Report (ECPR), estudo da Intrum, revela que 76% dos portugueses já se encontravam preocupados, em 2019, com a segurança e privacidade dos seus dados pessoais quando faziam compras online.

Em tempo de pandemia, as queixas de burlas e fraudes pela Internet têm aumentado significativamente, tornando-se assim um perigo para todos aqueles que compram online. Em contrapartida, no ano passado, de acordo com o estudo da Intrum, apenas 7% dos inquiridos afirmou já ter sido vítima de fraude com o cartão de crédito. Ainda assim, o acesso fácil ao crédito através do telemóvel continua a preocupar 66% dos portugueses.

Os estudos efetuados durante os últimos meses indicam que os portugueses têm realizado mais compras na Internet desde que a pandemia surgiu, nomeadamente na área de entretenimento, cultura comércio alimentar e retalho, tal como na área da restauração com as entregas de comida e takeway.

O estudo da Intrum reforça que, no ano passado, 59% dos portugueses inquiridos considerava que as redes sociais criavam pressão para consumir mais do que aquilo que precisavam. Atualmente, as redes sociais têm ganho um peso maior, sendo utilizadas como motor de divulgação de venda de máscaras e equipamentos para combater a Covid-19.

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PSP alerta para aumento de crimes com recurso às tecnologias

A PSP  alertou hoje para o aumento dos crimes com recurso às novas tecnologias, um acréscimo registado sobretudo durante os períodos do estado de emergência devido à Covid-19 em que houve um confinamento da população, noticia a Lusa.

Este alerta da Polícia de Segurança Pública é deixado no Dia Mundial da Internet, que se assinala hoje.

“A PSP tem vindo a assinalar o forte incremento da criminalidade praticada com recurso às novas tecnologias, principalmente verificado durante a janela temporal de confinamento obrigatório vivenciado pela sociedade portuguesa entre de 22 de março e 02 de maio de 2020”, refere aquela polícia em comunicado.

Segundo a PSP, durante estes períodos do estado de emergência, a criminalidade geral registou uma diminuição de 47% em comparação a período homólogo de 2019, com menos 9.084 crimes registados, mas verificou-se que os crimes com maior aumento são os praticados por intermédio das novas tecnologias.

Na nota, a PSP não avança com dados sobre o aumento, mas números divulgados recentemente por esta polícia, relativos ao período do estado de emergência, davam conta que a burla informática e nas comunicações tinham registado um crescimento de 33%, correspondendo a um acréscimo de 210 casos, em relação ao mesmo período de 2019.

A polícia sublinha que este tipo de criminalidade é muitas vezes dirigida ou atinge os menores de idade que, principalmente devido à atual situação, se encontram em contacto cada vez mais permanente e duradouro com dispositivos eletrónicos.

No Dia Mundial da Internet, a PSP relembra os pais que a supervisão presencial e o uso de ferramentas de controlo parental são essenciais para reduzir o risco de vitimização das crianças e jovens na navegação ‘online’, salientando que a generalidade dos dispositivos eletrónicos (televisores, consolas, computadores, ‘tablets’, etc) já dispõem ou permitem a instalação de aplicações de controlo parental.

De acordo com a PSP, estas ferramentas permitem tanto limitar o acesso a aplicações e a conteúdos pré-definidos, controlar ou monitorizar o tempo de utilização ou rastrear e agrupar os dados de utilização e atividades executadas.

A PSP acrescenta que “este tipo de controlo, principalmente no contexto de possibilidade permanente de acesso de crianças e adolescentes à Internet, poderá fazer a diferença e reduzir a possibilidade de vitimização”.

A polícia pede ainda aos pais para incentivarem os menores a partilhar qualquer atividade anormal ou incomodativa, desde a disponibilização de produtos ilegais, concretização de burlas ou cyberbullying, e para reportarem à Polícia de Segurança Pública que procederá à investigação.

 

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