Primeiro-ministro do Sri Lanka: “Ainda há pessoas à solta com explosivos” - TVI

Primeiro-ministro do Sri Lanka: “Ainda há pessoas à solta com explosivos”

  • Susana Laires
  • 23 abr 2019, 16:50

Depois do Estado Islâmico ter reivindicado os ataques de domingo, Ranil Wickremesinghe deu uma conferência de imprensa sobre os atentados que mataram mais de 320 pessoas

Depois do Estado Islâmico ter reivindicado os atentados de domingo, o primeiro-ministro do Sri Lanka garantiu, esta terça-feira, numa conferência de imprensa, que “ainda há pessoas à solta com explosivos”.

A frase foi proferida por Ranil Wickremesinghe, depois de ser interrogado sobre possíveis ameaças presentes no país. O primeiro-ministro disse que não é certo o número de pessoas ligadas aos atentados de domingo, em vários hotéis e igrejas em Colombo, e que as autoridades também desconhecem quantos criminosos ainda estão “à solta”.

Se soubéssemos, certamente podíamos ter prevenido muitos dos ataques nas igrejas e ter mais segurança nos hotéis”, explicou o político, numa clara alusão às declarações do Ministro da Saúde, que afirmou, na segunda-feira, que o Governo tinha sido informado sobre os atentados há 14 dias.

“Estou em contacto com as autoridades relevantes”, disse o primeiro-ministro, citado pela CNN, acrescentando que foi lançado um inquérito “para saber porque é que a informação não chegou” ao seu escritório.

Para além disto, Ranil Wickremesinghe garantiu que estão a ser feitos “bons progressos” na identificação dos suspeitos, mas que é “necessário conhecer todos os culpados”, para perceber se há ligações com outras identidades estrangeiras.

Relembre que, esta terça-feira, as autoridades divulgaram um novo balanço que aponta para que tenham morrido mais de 320 pessoas nos ataques e o número de feridos já ultrapassa os 500. Até agora, já foram detidos 40 suspeitos por alegadas ligações aos atentados.

O ministro da Defesa do Sri Lanka também declarou hoje que os ataques foram atos de retaliação pelos ataques nas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia.

Ruwan Wijewardana confirmou, em declarações no parlamento, que a investigação mostrou que “a cadeia de explosões” foi levada a cabo por um “grupo islâmico radical” chamado National Tawheed Jamath (NTJ).

Esta terça-feira, o Estado Islâmico reivindicou os atentados terroristas, através da agência de notícias do grupo, a AMAQ News Agency.

Os executores do ataque que teve como objetivo os cidadãos dos países da coligação e cristãos [realizado] anteontem [no domingo] são combatentes do Estado Islâmico”, afirmou em comunicado uma fonte próxima dos ‘jihadistas’, citada pela agência AMAQ.

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