A companhia aérea colombiana iniciou o processo que visa a insolvência nos tribunais norte-americanos. O pedido surge como causa da crise sócio-económica gerada pela pandemia de Covid-19, mas a crise financeira na empresa já era pública desde o ano passado.
Há quase dois meses que as aeronaves da transportadora estão em terra, provocando um corte superior a 80% nos lucros da empresa.
Caso o pedido de insolvência falhe, a Avianca será a primeira grande companhia aérea a fechar portas devido à pandemia.
A transportadora tem uma equipa composta por mais de 21 mil trabalhadores, que na sua maioria, já estão em situação de lay-off.
A Avianca tem uma frota constituída por mais de 140 aeronaves, que estão em terra desde março, quando o presidente colombiano Ivan Duque fechou o espaço aéreo do país.
Em comunicado, os responsáveis explicam que apresentaram o pedido insolvência num tribunal de Nova Iorque, nos Estados e Unidos da América. O objetivo é conseguir um adiamento do prazo de pagamento a vários credores, conseguindo tempo para reorganizar as dívidas ou vender parcelas da empresa.
O chefe executivo da Avianca garante que esta operação era essencial para garantir que a companhia regressa “melhor, uma companhia aérea que vai operar por muitos mais anos”.
A Avianca está a atravessar a maior crise por que já passou, nos nossos 100 anos de história, enquanto tentamos navegar pelos efeitos da pandemia de Covid-19”, disse Anko van der Werff CEO da companhia.
A empresa já tinha pedido insolvência no início dos anos 2000, tendo sido resgatada pelo magnata boliviano German Efromocivh, dono da petrolífera Synergy Group, que também já tentou comprar a TAP.
A companhia aérea colombiana é a segunda transportadora aérea mais antiga do mundo, criada em dezembro de 1919, apenas dois meses mais tarde do que a homóloga holandesa KLM, nascida em outubro de 1919.
A Avianca é ainda a segunda maior transportadora aérea da América do Sul, com mais de mais de 30 milhões de passageiros transportados só em 2018.