Hong Kong: chefe do Governo pede aos manifestantes que se rendam - TVI

Hong Kong: chefe do Governo pede aos manifestantes que se rendam

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  • 19 nov 2019, 08:21

Carrie Lam diz que a única solução é que os manifestante entreguem as armas e saiam "pacificamente enquanto ouvem as instruções da polícia"

A chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, disse hoje que a única solução pacífica para o caos vivido na Universidade Politécnica é a rendição dos manifestantes que continuam escondidos nas instalações.

Este objetivo só pode ser alcançado com a plena cooperação dos manifestantes", afirmou Lam, em conferência de imprensa.

A chefe do executivo sublinhou que os manifestantes devem "entregar as armas e sair pacificamente enquanto ouvem as instruções da polícia".

Foram as primeiras palavras de Carrie Lam sobre o caos vivido na Universidade Politécnica desde domingo, naquele que já é o episódio mais violento desde o início dos protestos, em junho.

Lam estimou que cerca de 100 manifestantes estão ainda escondidos naquela universidade, uma das maiores do território, na área de Kowloon.

Por outro lado, Lam indicou que 600 pessoas já deixaram o 'campus' universitário, incluindo 200 menores.

A polícia cercou nos últimos dias a Universidade Politécnica, tendo recorrido a balas de borracha, a granadas de gás lacrimogéneo e a canhões de água para conter a fuga dos manifestantes, que responderam com bombas incendiárias de fabrico caseiro, tijolos e flechas.

Lam assinalou que os menores de 18 anos não serão detidos no imediato, mas avisou que podem enfrentar acusações mais tarde.

"Lei anti-máscara"

O Parlamento chinês disse hoje ser a única autoridade capaz de decidir sobre a mini Constituição de Hong Kong, depois do Supremo Tribunal do território ter declarado inconstitucional a proibição do uso de máscaras em protestos.

A decisão do Supremo Tribunal de Hong Kong enfraquece seriamente a governação da chefe do Executivo e do Governo da RAE [Região Administrativa Especial]", afirmou o porta-voz da Comissão de Assuntos Legislativos da Assembleia Nacional Popular (ANP) Jian Tiewei, citado pela imprensa oficial chinesa.

Jian Tiewei afirmou que apenas a ANP tem o poder de decidir se uma lei está ou não em conformidade com a Lei Básica de Hong Kong.

Nenhuma outra instituição tem o direito de fazer um julgamento ou tomar uma decisão", sublinhou.

Na segunda-feira, o Supremo Tribunal da região administrativa especial chinesa declarou inconstitucional a "lei anti-máscara", que entrou em vigor em 5 de outubro passado, medida decidida pelo Governo de Carrie Lam para tentar "acabar com a violência e restaurar a ordem", devido à “situação de grande perigo público” que se vive no território há mais de cinco meses.

Na decisão, o Supremo Tribunal de Hong Kong afirmou que a proibição das máscaras é inconstitucional por impor mais restrições do que as necessárias aos direitos fundamentais da população.

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