Donald Trump adia aumento de tarifas à China em "gesto de boa vontade" - TVI

Donald Trump adia aumento de tarifas à China em "gesto de boa vontade"

  • António Guimarães
  • 12 set 2019, 07:22
Donald Trump

O presidente norte-americano justificou o adiamento de 1 para 15 de outubro com as comemorações do 70º aniversário da República Popular da China. Este terá sido um pedido do vice-presidente chinês.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu adiar em duas semanas o aumento das tarifas aplicadas a produtos chineses, num gesto que o próprio classifica de "boa vontade". As tarifas devem passar de 25% para 30% no próximo dia 15 de outubro.

Donald Trump afirma que terá sido o governo chinês, através do vice-presidente, Liu He, a pedir este adiamento, por razão das comemorações do 70º aniversário da República Popular da China.

As tarifas que os Estados Unidos vão aplicar à China incidem sobre um valor comercial de 250 mil mihões de dólares, cerca de 226 mil milhões de euros.

Donald Trump já tinha anunciado, durante a cimeira do G7, que as negociações entre os Estados Unidos e a China iam ser retomadas "muito em breve"

Uma das empresas mais afetadas pela guerra comercial entre os dois países foi a Huawei, nomeadamente devido à procura por chegar primeiro à tecnologia das redes 5G. Apesar de ter sido impedida de utilizar os serviços da Google, a empresa chinesa não baixou os braços. O fundador da Huawei chegou mesmo a dizer que a sua empresa foi subestimada pelos Estados Unidos.

A guerra comercial entre Estados Unidos e China começou por volta de 18 de março, quando Donald Trump anunciou uma subida das tarifas sobre os produtos chineses. Desde então, o conflito tem escalado com respostas de ambas as partes.

No entanto, Pequim vai manter taxas alfandegárias de até 25% sobre a soja e outros produtos agrícolas oriundos dos Estados Unidos.

A aplicação de taxas sobre produtos agrícolas, e a soja em particular, é uma forma de Pequim penalizar diretamente Donald Trump, já que é na América rural que estão concentrados muitos dos seus eleitores.

No cerne da guerra comercial está a política de Pequim para o setor tecnológico, que visa transformar as firmas estatais do país em importantes atores globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Os Estados Unidos consideraram que aquele plano, impulsionado pelo estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

 

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