O rei dos belgas encontrou-se pela primeira vez com Delphine de Saxe-Cobourg, que a justiça reconheceu recentemente como membro da família real, e agora vai “desenvolver o vínculo fraterno”, anunciou esta quinta-feira o Palácio Real.
"Na sexta-feira, 9 de outubro, encontrámo-nos pela primeira vez no Castelo de Laeken. Foi um encontro caloroso. Esta extensa e longa conversa deu-nos a oportunidade de nos conhecermos. Falámos das nossas vidas e dos nossos interesses em comum. Este vínculo continuará a desenvolver-se em contexto familiar", pode ler-se no comunicado emitido pelo Palácio Real.
O ex-rei Alberto II, que reinou de 1993 a 2013 e é pai do atual rei Philippe, foi forçado pela justiça a realizar um teste de ADN em 2019, como parte de um longo ‘braço de ferro’ com a mãe de Delphine.
O teste revelou que Alberto é, de facto, pai biológico de Delphine, o que o rei sempre se recusou a admitir, desde que, em 1999, foi revelado que teve um caso extraconjugal.
VEJA TAMBÉM:
- FILHA ILEGÍTIMA DO REI BELGA GANHA BATALHA LEGAL PARA SER DECLARADA PRINCESA
- ANTIGO REI DA BÉLGICA RECONHECE AOS 85 ANOS UMA FILHA FORA DO CASAMENTO
O desfecho judicial do caso aconteceu em 1 de outubro, quando o tribunal de recurso de Bruxelas reconheceu a Delphine (ex-Boël) o direito de usar o sobrenome da família real e de beneficiar do título de princesa.
Delphine nasceu em fevereiro de 1968, fruto do romance que a sua mãe, a baronesa Sibylle de Sélys Longchamps, teve com Alberto II entre 1966 e 1984.
Alberto era, na altura, príncipe herdeiro e casado, desde 1959, com a então futura rainha Paola.
Albert e Paola, atualmente com 86 e 83 anos, respetivamente, tiveram três filhos: Filipe, nascido em 1960, que se tornou rei em 2013, a princesa Astrid (nascida em 1962) e o príncipe Laurent (1963).