Covid-19: Marcelo fala de “estabilização nos números” - TVI

Covid-19: Marcelo fala de “estabilização nos números”

Presidente da República este em Ovar, no dia do concelho, e homenageou profissionais de saúde que estiveram na linha da frente no combate à pandemia

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fala numa “estabilização” dos números da pandemia em Portugal. O Presidente falava aos jornalistas, em Ovar, onde prestou homenagem aos profissionais de saúde que estiveram na linha da frente do combate à pandemia.

Aquilo que tem havido é uma estabilização, mas essa estabilização com números muito baixos em termos de mortos, com números mais elevados em termos de novos infetados (mas felizmente não de infetados internados em cuidados intensivos, que tem vindo a descer). Vamos ver se se mantém ou não nos próximos dias.”

Marcelo Rebelo de Sousa diz que gostaria de ver mais turistas britânicos em Portugal, “mas também de outras proveniências, nomeadamente europeias”.

VEJA TAMBÉM:

O Presidente da República disse que Portugal foi e é um exemplo porque “não fecha a porta àqueles que nos fecham a porta”, aludindo aos países que deixaram Portugal fora da lista de países considerados seguros, em termos de Covid-19.

Nós fomos e somos um exemplo. Não precisamos das lições alheias para sermos um exemplo. Não dependemos de listas alheias para sermos um exemplo, não retaliamos contra ninguém para sermos um exemplo. Não fechamos a porta àqueles que nos fecham a porta, porque entendemos que é assim que damos um exemplo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Há felizmente muitos países que fizeram aquilo que Portugal fez. Uma abertura que tem permitido que, lentamente, uma parte do Turismo esteja a recuperar em Portugal.”

O Presidente da República defendeu que a sua presença em Ovar representa um sinal de "esperança no futuro" depois da cerca sanitária, e que o Governo deve, em outubro, definir prioridades e o calendário para os apoios comunitários.

É uma ocasião de recordar esse passado [recente], de homenagear aqueles que morreram [de Covid-19], de homenagear aqueles que aqui lutaram, sobretudo durante a cerca sanitária, e de olhar para o futuro. Ovar tem grandes potencialidades - tem o mar e uma indústria muito avançada, que está a dar a volta [à crise] - e há aqui um misto de homenagem e de esperança no futuro", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, que marcou hoje presença no Dia do Município, em Ovar, visita criticada pelas estruturas locais do BE e do CDS-PP.

O presidente daquela autarquia do distrito de Aveiro, Salvador Malheiro, atribuiu ao Chefe de Estado a Medalha de Ouro de Mérito Municipal pelo apoio dedicado à comunidade vareira durante os 31 dias do cerco sanitário a que essa esteve sujeita devido ao vírus SARS-CoV-2.

A visita do Presidente da República a Ovar durante o feriado do município também incluiu o descerrar inaugural daquilo que, tendo sido anunciado como um mural, se revelou uma placa de um metro quadrado cujo baixo-relevo dava a ler palavras de homenagem "a todos os que travaram a difícil batalha contra a Covid-19 no território vareiro".

O impacto da pandemia na economia

Questionado sobre os apoios comunitários ao país para fazer face à crise económica gerada pela pandemia em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que é "fundamental que em outubro, no momento em que o Governo apresente o seu programa à União Europeia, diga quais são as prioridades e qual o calendário" de concretização das mesmas.

Por outro lado, quanto à situação específica do concelho onde a generalidade da atividade empresarial esteve suspensa de 18 de março até 17 de abril, não mencionou quaisquer necessidades concretas: "Aqui no caso de Ovar, a economia começou a recuperar a bom ritmo e está a recuperar. São centenas de pequenas e médias empresas, também algumas grandes, mesmo internacionais, e essas estão a exportar outra vez e a recuperar o tempo perdido".

O município de Ovar esteve sujeito a cerco sanitário de 18 de março a 17 de abril devido à disseminação comunitária da doença, o que implicou o controlo de entradas e saídas nas fronteiras do concelho e a suspensão da maioria da sua atividade empresarial. Várias empresas e negócios encerraram durante o período de confinamento e não voltaram a abrir, registaram-se despedimentos e a taxa de desemprego é das mais altas do distrito.

O último boletim da autarquia indicava hoje um total acumulado de 40 óbitos e 755 infetados com o SARS-CoV-2 entre os seus 55.400 habitantes, referindo que os recuperados são já 706 e que com sintomas ativos estão 12 pessoas.

O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de Covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já infetou mais de 15,8 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 640.000 morreram.

Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 02 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) indicava 1.716 óbitos entre 49.955 infetados.

Continue a ler esta notícia

Mais Vistos

EM DESTAQUE