Foram capturados, esta quinta-feira à tarde, mais quatro elementos do grupo de 17 migrantes ilegais marroquinos que fugiram do quartel do Exército de Tavira.
A fuga ocorreu a meio da noite, por volta das três da manhã, através de uma janela das instalações militares. Dos 17 fugitivos, nove já foram apanhados e um décimo foi avistado pelo helicóptero da GNR que tenta localizar os migrantes em fuga.
O Ministro da Administração Interna pediu, esta quinta-feira, à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um inquérito sobre esta fuga.
Esta é uma operação que está a ser levada a cabo pela PSP e pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), mas a colaboração da GNR também foi solicitada.
Os 24 cidadãos estrangeiros que estavam instalados no Quartel do Regimento de Infantaria nº 1 do Destacamento de Tavira, encontravam-se a fazer a quarentena profilática, depois de dois deles terem acusado positivo à covid-19.
Está um dispositivo montado na fronteira, para monitorizar as movimentações e proceder à identificação de viaturas.
Os migrantes oriundos do Norte de África foram intercetados na ilha Deserta a 16 de setembro e foram depois ouvidos no Tribunal Judicial de Faro por entrada e permanência irregular em território nacional, tendo sido aplicada como medida cautelar o seu afastamento de território nacional.
A embarcação em que os 28 migrantes chegaram à ilha tem cerca de sete metros e é semelhante às usadas nos outros cinco desembarques ilegais registados na região desde dezembro.
Este foi o sexto de desembarque ilegal na costa algarvia envolvendo migrantes do Norte de África.
O anterior tinha acontecido em julho, quando um grupo de 21 homens, alegadamente marroquinos, desembarcou na ilha do Farol, também no concelho de Faro.