Operação Cavaleiro: começa hoje debate instrutório do caso que envolve ex-diretor do Museu da Presidência - TVI

Operação Cavaleiro: começa hoje debate instrutório do caso que envolve ex-diretor do Museu da Presidência

  • CE
  • 16 mai 2019, 08:53

Além de Diogo Gaspar, o processo envolve mais três arguidos acusados de seis crimes: abuso de poder, participação económica em negócio, falsificação de documento, peculato, tráfico de influência e branqueamento de capitais

Esta quinta-feira arranca o debate instrutório do processo "Operação Cavaleiro", o nome por que ficou conhecida a operação que envolve ex-diretor do Museu da Presidência da República, acusado de abuso de poder e tráfico de influência.

O ex-funcionário do museu foi detido em 2016, depois de o Ministério Público considerar que havia indícios suficientes deste ter utilizado a sua posição para obter vantagens em benefício próprio e de terceiros.

Além de Diogo Gaspar, o processo envolve mais três arguidos, todos eles acusados de seis crimes: abuso de poder, participação económica em negócio, falsificação de documento, peculato, tráfico de influência e branqueamento de capitais.

Na acusação, o Ministério Público exige a perda a favor do Estado de cerca de 7.800 euros, quantia que entende ter sido indevidamente recebida por Diogo Gaspar. 

Veja também

 

A investigação a este caso – Operação Cavaleiro - iniciou-se em abril de 2015 e foram realizadas buscas domiciliárias e não domiciliárias nas zonas da Grande Lisboa e Portalegre.

Segundo esclarecimentos prestados pela PGR na altura da detenção de Diogo Gaspar, o inquérito investigava "suspeitas de favorecimento de interesses de particulares e de empresas, com vista à obtenção de vantagens económicas indevidas, e suspeitas de solicitação de benefícios como contrapartida da promessa de exercício de influência junto de decisores públicos".

A PGR referia que a investigação abrangia igualmente “o uso de recursos do Estado para fins particulares, a apropriação de bens imóveis públicos e a elaboração de documento, no contexto funcional, desconforme à realidade e que prejudicou os interesses patrimoniais públicos".

Diogo Gaspar foi libertado sob caução, suspenso das funções públicas que exercia, tendo ainda a juíza de Instrução Criminal proibido o seu acesso ao Museu da Presidência, à secretaria-geral da Presidência e ao Palácio da Cidadela, em Cascais.

Em julho de 2017, passado um ano sobre a suspensão de funções, sem que tenha sido produzida acusação, Diogo Gaspar recuperou o posto de técnico superior da secretaria-geral da Presidência da República.

Continue a ler esta notícia