Lacerda Sales: "Confinamento é tudo aquilo que não queremos" - TVI

Lacerda Sales: "Confinamento é tudo aquilo que não queremos"

António Lacerda Sales na Conferência de Imprensa da DGS

No balanço da situação epidemiológica em Portugal, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde garantiu, ainda, que "estamos muito mais bem preparados" para a covid-19 do que em março

Portugal "não deverá" voltar a uma situação de confinamento devido à pandemia de covid-19 e depois de, pelo quinto dia consecutivo, registar mais de mil casos diários da doença, antecipou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, no balanço da situação epidemiológica no país.

Todo o esforço é para evitar um novo confinamento. O confinamento é tudo aquilo que não queremos e tudo aquilo para que trabalhamos, para evitar a pressão sobre os serviços de saúde. Estamos a trabalhar para podermos afastar a ideia de confinamento e, isso, garantidamente não deverá acontecer", afirmou António Lacerda Sales, esta segunda-feira.

Apesar de no sábado ter sido registado o dia com mais novos casos desde o início da pandemia, o governante garantiu que Portugal está mais bem preparado do que em março, desdramatizando a taxa de ocupação de 70% das unidades de cuidados intensivos.

Estamos hoje mais bem preparados e sabemos mais da doença, quer da doença em internamento quer em cuidados intensivos. É evidente que os serviços vão, perante os números que temos, aumentando a sua pressão, mas o que é importante dizer é que a taxa de ocupação, cerca de 70%, dá-nos ainda conforto sobre a rede de expansibilidade que temos quer ao nível de internamentos quer de cuidados intensivos [transferir para outro hospital caso não tenha vaga]. Estamos hoje, de facto, muito mais bem preparados e temos ainda uma taxa de conforto", insistiu.

Lacerda Sales garantiu, ainda, que sempre que a pressão sobre os serviços aumentar "os hospitais de retaguarda serão ativados nas suas devidas dimensões e de acordo com as necessidades".

Contudo, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde sublinhou que a designação de hospitais de campanha é sempre “muito dúbia” porque, explicou, um verdadeiro hospital de campanha tem uma dimensão muito grande e que pode ir até aos cuidados intensivos, nível III.

O governante também admitiu que em cima da mesa está sempre a articulação com hospitais privados, mas sempre em regime de complementaridade e de acordo com as necessidades identificadas e a evolução epidemiológica.

Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 14 mortos e 1.249 novos casos de covid-19, naquele que foi o quinto pior dia desde o início da pandemia.

 

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