Mãe de Beatriz Lebre: "Por favor, nunca digam que Ruben era namorado da minha filha" - TVI

Mãe de Beatriz Lebre: "Por favor, nunca digam que Ruben era namorado da minha filha"

Estudante, de 22 anos, foi encontrada morta no Rio Tejo, junto a Santa Apolónia, em Lisboa. Terá sido assassinada por um colega da universidade, Ruben Couto, de 25 anos, que está preso preventivamente

A mãe de Beatriz Lebre, a jovem estudante de Elvas que terá sido assassinada por um colega de curso em Lisboa, falou, nesta quarta-feira, com a TVI sobre o momento difícil que está a viver.

Nas mensagens trocadas com a redação do programa "A Tarde é Sua", apresentado por Fátima Lopes, Paula Lebre pede às pessoas para não se referirem ao alegado homicida, Ruben Couto, de 25 anos, que está preso preventivamente, como namorado da filha, porque não o era, apesar de querer, e porque essa referência significa dar-lhe aquilo que ele nunca teve, garantiu a mãe de Beatriz Lebre.

Não tenho visto televisão nestes dias, por isso, não sei se é verdade. Mas se as notícias sobre a morte da minha filha indicam o assassino como namorado é notícia falsa. O Rúben era colega de faculdade que, tal como os outros colegas, formavam grupos de trabalho em algumas cadeiras. A ligação entre Ruben e Beatriz era tão próxima quanto era a dele com as outras colegas do trabalho de grupo. Por favor, nunca digam que era namorado da minha filha. Isso era o que ele queria e foi essa negação que o fez matar. Referi-lo como namorado é dar-lhe uma vitória que ele não merece."

Paula assume que tem feito "um esforço muito grande para não fraquejar", pelos avós, pelas sobrinhas, pelo filho Carlos e "por alguns amigos que estão desfeitos", e que a única coisa que, neste momento, lhe conforta o coração é saber que o mundo ficou a conhecer o "tesouro humano" que era Beatriz.

Agradeço a atenção que têm dado ao insólito e injustificada morte da minha princesa. Já que teve de morrer, morreu de uma forma que permitiu ao mundo conhecer que este tesouro humano existiu e marcou momentos felizes de pessoas boas como ela. O mundo não se resume a Rubens, há muitas Beatrizes, há maldade, é verdade, mas também há muita beleza e, agora, todos ficaram a saber que perderam um pedaço do que existe de belo no mundo."

A terminar, Paula Lebre fez questão de sublinhar que Beatriz ainda tinha 22 anos quando morreu.

Agora que descansei um pouco, posso acrescentar que a Beatriz ainda não tinha os 23 anos. Completaria os 23 no proximo dia 7 de junho. Ainda tinha 22."

O corpo de Beatriz Lebre foi encontrado no passado dia 29 de maio, no Rio Tejo, junto a Santa Apolónia, a pouca distância do local onde Ruben Couto terá confessado à Polícia Judiciária ter largado o cadáver da jovem, depois de a matar.

Natural de Elvas, Beatriz estava a viver em Lisboa na casa de um familiar. Foram os pais que participaram à PSP o desaparecimento, mas o simples desaparecimento de uma jovem maior de idade não é crime, existindo sempre a hipótese de ter ocorrido voluntariamente.

A Polícia Judiciária acabou por ter conhecimento do caso e, face a indícios recolhidos, passou a ser investigado pela secção de homicídios da diretoria de Lisboa, que avançou para o pior cenário.

Ruben Couto, estudante de Psicologia, de 25 anos, é o principal suspeito do homicídio.

O crime terá ocorrido na noite de 22 de maio e em causa estaria uma relação obsessiva e um crime motivado por ciúmes. O homicídio terá sido cometido na casa da vítima, uma vez que os inspetores encontraram vestígios de sangue na habitação.

 

 

 

 

 

 

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