Covid-19: Hospital da Cruz Vermelha admite irregularidades na seleção de profissionais para vacinar - TVI

Covid-19: Hospital da Cruz Vermelha admite irregularidades na seleção de profissionais para vacinar

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  • MJC
  • 3 fev 2021, 20:18
Hospital da Cruz Vermelha

A situação está já a ser investigada pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde

O Hospital da Cruz Vermelha admitiu hoje irregularidades na seleção dos profissionais a vacinar contra a covid-19, levando à demissão do coordenador deste plano em Portugal, Francisco Ramos, que é também presidente da comissão executiva do hospital.

Nos procedimentos de seleção dos profissionais a vacinar, foram detetadas eventuais irregularidades”, refere um comunicado do Hospital da Cruz Vermelha enviado à agência Lusa.

Segundo o documento, “este facto foi reportado à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, estando já a decorrer uma inspeção a cargo daquela entidade nos termos dos procedimentos de inspeção à execução das normas previstas no Plano de Vacinação contra o SARS-CoV-2”.

No mesmo documento, o HCV informa que “o início do processo de vacinação contra a covid-19” neste hospital decorreu na terça-feira e hoje, tendo sido “vacinados 230 profissionais de saúde”.

O Hospital da Cruz Vermelha reafirma no comunicado “a sua disponibilidade para estar ao serviço do doente na prestação dos melhores cuidados de saúde”.

O coordenador da 'task force' para o Plano de Vacinação contra a covid-19 em Portugal, Francisco Ramos, demitiu-se do cargo, anunciou hoje o Ministério da Saúde. O cargo vai agora ser ocupado pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

Em comunicado, o Ministério esclareceu que a demissão de Francisco Ramos decorre de irregularidades detetadas pelo próprio no processo de seleção de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, do qual é presidente da comissão executiva”.

Numa declaração enviada às redações, Francisco Ramos acrescentou que as irregularidades diziam respeito ao processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde daquele hospital.

A demissão ocorre numa altura em que são públicas diversas situações de vacinação indevida de várias pessoas em várias regiões do país e no dia em que arrancou a vacinação em centros de saúde de idosos com 80 ou mais anos e de pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas, numa fase que abrange cerca de 900 mil portugueses.

 

Hospital da Cruz Vermelha: diretores clínico e de enfermagem colocaram lugares à disposição

O diretor clínico e a enfermeira diretora do Hospital da Cruz Vermelha (HCV) colocaram os lugares à disposição, justificando com um lapso na seleção dos profissionais a vacinar contra a covid-19, revelou esta quarta-feira o médico.

À agência Lusa, o diretor clínico, Manuel Pedro Magalhães, explicou que juntamente com a enfermeira diretora se “responsabilizaram pela seleção dos profissionais do Hospital da Cruz Vermelha a vacinar contra a covid-19, respeitando os critérios pré-estabelecidos pela Direção-Geral da Saúde, numa informação divulgada no dia 31 de janeiro”.

Estes dois elementos reconhecem que cometeram um lapso, tendo sido atribuída a especialidade de cirurgião a um médico da especialidade de medicina interna, o que permitiu que este fosse incluído na lista de profissionais do HCV a vacinar prioritariamente”, esclareceu Manuel Pedro Magalhães.

Segundo o médico, “perante isto, foi discutido o assunto com a administração do hospital, incluindo o seu presidente”.

 

Misericórdia de Lisboa mantém Francisco Ramos no Hospital da Cruz Vermelha

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) revelou hoje que mantém Francisco Ramos na presidência da comissão executiva do Hospital da Cruz Vermelha, no mesmo dia que este se demitiu da coordenação do plano de vacinação contra a covid-19.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa confirma que Francisco Ramos colocou o lugar à disposição, não tendo sido aceite”, afirmou à agência Lusa a assessoria de imprensa da SCML.

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