Um novo problema de software foi descoberto no Boeing 737 Max, o tipo de avião que teve dois acidentes em menos de cinco meses.
De acordo com a Boeing, citada pela CNN, o problema envolve uma luz indicadora que permanece acesa mais tempo do que o pretendido. A luz está associada ao sistema de compensação do estabilizador, que levanta e baixa o nariz do avião.
O problema foi descoberto durante os testes de voo do software atualizado do 737 Max, que revelaram que a falha estaria nos computadores de controlo de voo do avião.
No entanto, a empresa afirmou, na quinta-feira, que não acha que esta falha atrasará o regresso da frota ao serviço.
"Estamos a trabalhar numa alteração no software do 737 Max, antes da frota voltar ao serviço, para garantir que esta luz acenda apenas quando pretendido", avançou a Boeing.
O Boeing 737 Max está parado em todo o mundo desde março de 2019, após dois acidentes fatais que mataram 346 pessoas.
Dois acidentes do aparelho: um, na Indonésia, em 2018, e outro, na Etiópia, em 2019, em menos de cinco meses, mergulharam a Boeing na mais grave crise da sua história.
Os acidentes foram provocados por um sistema de segurança, projetado para forçar o nariz do avião para baixo, caso este subisse demasiado rápido e corresse o risco de parar. A Boeing trabalha na correção do software deste sistema há mais de um ano.
Desde a retirada destes aparelhos do ar, os investigadores e engenheiros da Boeing identificaram outros problemas com o avião.
A empresa informou a Federação Americana de Aviação e as companhias aéreas sobre o problema da luz no final de janeiro.
Na mesma semana em que a Boeing divulgou o problema com a luz à FAA, anunciou publicamente que acreditava que o 737 Max não seria aprovado para voltar ao serviço até meados deste ano.
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