O Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima tem apoiado os familiares da jovem Beatriz Lebre, que terá sido assassinada por um colega universitário em Lisboa, na semana passada.
Em comunicado, a Polícia Marítima recorda que o corpo foi encontrado na sexta-feira no Tejo, em Santa Apolónia, referindo que o apoio foi inicialmente prestado junto de profissionais envolvidos nas operações e, depois, a familiares, em particular os pais da vítima.
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Este apoio irá “manter-se durante os próximos dias”, indica a nota.
Depois de confessar o crime, Rúben Couto ficou hoje em prisão preventiva.
O estudante de Psicologia, de 25 anos, foi ouvido este sábado pela juíza de Instrução Maria Antónia Andrade, um dia depois de o corpo de Beatriz Lebre ter sido encontrado no Rio Tejo, junto ao Terminal de Contentores de Santa Apolónia.
A medida de coação foi justificada com a "forte indiciação" pela prática do crime, uma vez que o confessou, e com o perigo de atentar contra a própria vida, algo que já tinha tentado, ainda nos calabouços da Polícia Judiciária.
Optou por não prestar declarações e apenas respondeu às perguntas a que estava legalmente obrigado, que se prendem com a sua identificação.
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Rben Couto vai aguardar os trâmites legais do processo no Estabelecimento Prisional de Lisboa.
Natural de Elvas, Beatriz estava a viver em Lisboa na casa de um familiar. Foram os pais que participaram à PSP o desaparecimento, mas o simples desaparecimento de uma jovem maior de idade não é crime, existindo sempre a hipótese de ter ocorrido voluntariamente.
A Polícia Judiciária acabou por ter conhecimento do caso e, face a indícios recolhidos, passou a ser investigado pela secção de homicídios da diretoria de Lisboa, que avançou para o pior cenário.
O crime terá ocorrido na noite de 22 de maio, há uma semana, e em causa está uma relação obsessiva e um crime motivado por ciúmes. O homicídio terá sido cometido na casa da vítima, uma vez que os inspetores encontraram vestígios de sangue na habitação.
Ruben Couto chegou a participar nas buscas e a aproximar-se da família da vítima.
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