O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, negou, esta quinta-feira, ter mentido à rainha Isabel II, para que a monarca aprovasse a suspensão do parlamento. A justiça escocesa tinha afirmado, esta quarta-feira, que a suspensão da Câmara dos Comuns era ilegal.
Uma das razões invocadas pelo tribunal escocês foi uma eventual ilicitude em declarações feitas por Boris Johnson à rainha, o que, para o tribunal, deve resultar na anulação da suspensão do parlamento.
Agora, Boris Johnson desmente esta versão, afirmando que o Supremo Tribunal de Inglaterra concorda com a sua decisão. O primeiro-ministro acrescentou ainda que espera o "Discurso da Rainha", o momento em que é dada uma nova sessão no parlamento do Reino Unido.
O tribunais de Inglaterra concordam plenamente com a suspensão do parlamento, mas é o Supremo Tribunal que vai decidir. Precisamos que a rainha fale", afirmou, segundo o The Guardian.
Numa altura em que se aproxima a data prevista para a saída do Reino Unido da União Europeia (31 de outubro), Boris Johnson afirma que ainda há tempo para chegar a um acordo. Recorde-se que o parlamento britânico aprovou uma lei que adia o Brexit para 31 de janeiro.
Estou esperançado que vamos conseguir um acordo. Estamos a trabalhar arduamente, tenho estado nas capitais europeias a falar com os nossos aliados", acrescentou.
Boris Johnson falava em Londres, num evento dedicado ao transporte marítimo, durante o qual anunciou uma nova encomenda de fragatas para a marinha britânica, promovendo a indústria da construção naval no Reino Unido.
O parlamento britânico está suspenso desde o dia 9 de setembro, e manter-se-à assim até 14 de outubro.