OE2022: os quatro cenários em que o Orçamento é rejeitado e há eleições - TVI

OE2022: os quatro cenários em que o Orçamento é rejeitado e há eleições

Paulo Portas enumerou os oito cenários possíveis para o Orçamento do Estado para 2022 e frisa: "Está tudo nas mãos do PCP e das suas decisões"

Paulo Portas considerou, este domingo, que a possibilidade de haver uma aprovação do Orçamento do Estado para 2022 é "ligeiramente superior" à de haver uma rejeição.

No habitual espaço de análise semanal Global, o comentador admitiu que "é um pouco preocupante" que a velocidade da nossa recuperação económica e a capacidade de gerar confiança em Portugal "estejam dependentes da vontade de Jerónimo de Sousa e do PCP".

Está tudo nas mãos do PCP e das suas decisões", destacou Paulo Portas, enumerando os quatro cenários em que o Orçamento é reprovado e os quatro onde é "salvo":

Os quatro cenários em que o OE2022 é rejeitado e há eleições

  1. Este é, para Paulo Portas, um cenário "estranho": todos contra o Governo (108 vs 112)
  2. Dois dos partidos, o PAN e duas deputadas independentes se abstêm (117 vs 108)
  3. As duas deputadas independentes fazem "um esforço de generosidade" com Costa e votam a favor (113 vs 117)
  4. Pode haver um empate? Pode, mas não serve ao primeiro-ministro: de acordo com o artigo 99 do regimento, se houver primeira votação empatada e segundo empate, a leitura final é rejeição.

Os quatro cenários em que o OE2022 é "salvo" por alguém

  1. Um cenário que foi "praticamente destruído" este domingo: o BE, em vez de votar contra, abstém-se  (108 vs 98)
  2. Se o PCP se abstivesse, juntamente com o PAN e as deputadas não inscritas (108 vs 105)
  3. Hipótese "menos provável", os 3 deputados do PSD Madeira votassem a favor (116 vs 114)
  4. Caso os deputados do PSD Madeira e dos Verdes se abstivessem (113 vs 112) 

O Bloco de Esquerda anunciou este domingo em conferência de imprensa o voto contra o OE2022, se o Governo não ceder às reivindicações bloquistas, com a líder do partido, Catarina Martins, a dizer que “ainda há tempo” para avanços nas negociações que permitam uma mudança de posição.

Catarina Martins, considerou ainda que “seria uma irresponsabilidade se o Governo não quisesse um acordo para o Orçamento do Estado”, defendendo que falar de eleições é “uma boa forma” de não se discutir este documento.

Também em conferência de imprensa, o Governo lamentou o anúncio do voto contra do Bloco de Esquerda e contestou a descrição feita pela líder Catarina Martins sobre o conteúdo do documento e o processo negocial.

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