Covid-19: sucesso do desconfinamento depende do comportamento dos portugueses - TVI

Covid-19: sucesso do desconfinamento depende do comportamento dos portugueses

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  • Publicado por MM
  • 1 mai 2020, 15:53

Alerta feito pela ministra da Saúde, em conferência de imprensa, esta sexta-feira. No mesmo encontro com os jornalistas, a ministra deixou um aviso: as autoridades de saúde em Portugal tem “um poder que tem de ser respeitado”

O sucesso do plano de desconfinamento depende do comportamento de todos os portugueses, alertou a ministra da Saúde, assinalando o Dia do Trabalhador com um agradecimento a todos os que garantiram o funcionamento do país durante estado de emergência.

O país está mais pronto agora e precisa de iniciar a reativação faseada da sua vida económica, da sua vida social. Esse sucesso continua a depender, essencialmente, de nós”, afirmou Marta Temido, na conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a pandemia da covid-19.

Assinalando o Dia do Trabalhador, a ministra da Saúde deixou “uma especial referência ao esforço de todos aqueles que garantiram o funcionamento do país nesta fase, particularmente difícil e dura, desde logo os profissionais de saúde”.

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Além da mensagem de reconhecimento pelo trabalho prestado durante o estado de emergência devido à covid-19, Marta Temido destacou a preparação das condições sanitárias para que aqueles que vão regressar ao seu local de trabalho o façam “com a maior segurança e tranquilidade possíveis”.

Competindo-nos a todos, também, não os colocar em riscos adicionais pelo nosso comportamento individual” disse a ministra, apelando ao dever cívico de recolhimento e “ao cumprimento das regras que, para cada área, vão sendo definidas, divulgadas e aplicadas”.

Autoridades de saúde têm um poder que tem de ser respeitado

As autoridades de saúde em Portugal tem “um poder que tem de ser respeitado”, avisou a ministra da tutela, notando que apesar da reabertura da economia, a epidemia de covid-19 “tem de continuar a ser contida”.

Relativamente ao incumprimento de recomendações da Direção-Geral da Saúde, mantêm-se com o contexto próprio de desobediência a uma autoridade. É importante perceber que já havia este recurso específico antes de existir um estado de emergência ou de calamidade. As autoridades de saúde tem um poder de autoridade que tem de ser respeitado”, frisou Marta Temido na conferência de imprensa diária sobre a situação epidemiológica do país.

A ministra avisou que, apesar do fim do estado de emergência e do alívio de algumas medidas, “não se espera que, na segunda-feira, os portugueses saiam à rua” como se não houvesse situação epidémica que se tem de manter contida.

Marta Temido observou que o Conselho de Ministros optou por determinar o recolhimento domiciliário como um “dever cívico”, em vez de um dever geral, como acontecia durante o estado de emergência.

Para a governante, tal significa que “o apelo do Conselho de Ministros é que as pessoas continuem a abster-se de circular, permanecendo no domicílio exceto para as pequenas deslocações já antes autorizadas”.

Portugal registou, nas últimas 24 horas, 18 mortes provocadas pela pandemia de Covid-19, ultrapassando assim o a barreira dos mil óbitos pelo novo coronavírus, totalizando agora 1007, de acordo com o boletim desta quinta-feira da Direção-Geral da Saúde (DGS). 

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