CDS: “Calamidade é a situação em que se encontra a nossa economia” - TVI

CDS: “Calamidade é a situação em que se encontra a nossa economia”

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  • 29 abr 2020, 21:13

Partido centrista quer um alívio do confinamento feito com "passos seguros"

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, considerou esta quarta-feira que “calamidade é a situação” da economia portuguesa e que o Governo deve apresentar um plano para a reativar, defendendo que o alívio das medidas de contenção da pandemia Covid-19 “tem de ser feito por passos seguros”.

O CDS, nesta reunião com o senhor primeiro-ministro, teve ocasião de lhe transmitir que calamidade é a situação em que se encontra a nossa economia e emergência é o momento que muitas famílias vivem de uma verdadeira crise social”, disse aos jornalistas o líder centrista Francisco Rodrigues dos Santos, em São Bento, em Lisboa.

Na perspetiva do presidente do CDS-PP, “este processo de alívio das medidas de contingência tem que ser feito por passos seguros, que devolvam confiança aos portugueses”.

O CDS teve ocasião de alertar ao senhor primeiro-ministro que também deve ser acompanhado por medidas no âmbito da saúde pública que sejam claras e estabelecidas de forma obrigatória, setor a setor, de modo a não colocar em causa os grupos de risco principais da sociedade”, avisou.

Para os centristas, “este é o momento do primeiro-ministro, em nome do Governo, apresentar para o país aquilo que o CDS tem vindo a defender há muito tempo”, ou seja, “um plano para reativar a nossa economia”, que deve passar por minimizar a perda de rendimentos das famílias, injetar liquidez no mercado e um choque de tesouraria nas empresas.

Este plano também deve ter linhas vermelhas e na opinião do CDS não pode levar ao aumento dos impostos, não pode conduzir a cortes nas pensões, nem permitir que pelo Orçamento do Estado adentro entrem preconceitos ideológicos próprios do socialismo e do comunismo como são a coletivização da economia e as nacionalizações”, apontou.

Francisco Rodrigues dos Santos foi mais longe: “no que diz respeito à saúde a verdade é que somos todos portugueses, mas em matéria de economia não somos todos socialistas”.

O presidente do CDS-PP pediu ainda uma “robustez importante na parte dos sistemas de vigilância, testes e algumas medidas ao nível da ocupação dos espaços e utilização de equipamentos de proteção individual”.

Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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